
A sensação que tive essa manhã ao entrar por aquele portão; foi de ter esvaziado.
Vi a vida se desfiar, abriu em mim um buraco de forma bruta. O mundo cresceu, o carro tem ar, direção, injeção eletrônica e um tal de Airbag, lembra-se do Jipe? É, ele não é mais nosso, e muito menos nos espera com as milhas acesas, a pagar o “flanelinha” que cuidou dele e irmos juntos pra festa de sexta feira escutando Like a Rolling Stone.
Senti e sinto meu corpo esticar desenfreado, rasgando a camiseta, estourando o tênis, chutar pedras de salto é tão desconfortável quanto andar de ônibus com ele. Se sentir de pernas atadas sem poder correr pra pegá-lo e com isso rezar para o semáforo fechar e ser vista pelo retrovisor.
Tomar banho e ver um terno me esperando pra uma reunião, foi como ir para o 1º dia do jardim de infância e ver minha mãe me dar tchau pela primeira vez, como se ela nunca mais fosse voltar.
Esse “crescimento” pessoal, desfalece algo, é como desacreditar que o Arco-íris tem sete cores e que ele ainda existe.
9 comentários:
Calma, não vai explodir ou virar o monstro de mashmellow! heheheh.
A sensação que vem ao ler esse texto é de desprendimento, o novo é mais convidativo que aquela rotina morna e abafada... me identifiquei bastante.
Bom. gostei que tenha se identificado. é o novo é bem mais convidativo...e cheio de orquídeas no aeroporto te esperando tá? Obrigada Lú.
Mussi,
Esse post foi particularmente meu.
Pura síndrome de Peter Pan.
bjos;
ai ai fe fe...tá...que bom...like a rolling stone.
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