quarta-feira, agosto 10, 2005

O Tempero da Vida.


Essa festa, mostra cenas que vivencio diariamente, num boteco no final de tarde, aquele papo jogado pro ar entre fumaças e copos de cerveja, até mesmo um chocolate comprado às 02:00h da madrugada em um supermercado 24h será relatado em outros resumos. Acabei Tornando públicas, algumas pessoas existentes na minha vida, sejam elas coadjuvantes, protagonistas e apoios de elenco. A intenção seria apenas uma homenagem ao nosso querido Hemingway...Mas devo confessar que o estimulo maior veio depois de muitas conversas que tive em torno desse título, que se refere a um livro dele. Tentei parafraseá-lo inúmeras vezes tomando como ponto inicial meu amor pelo mundo e claro, pela Europa, citando outras cidades que não fosse a charmosa e homenageada da vez.

Citarei também minha ultima “aventura amorosa” que sem dúvida deixou em mim “marcas hemingwayanas”. Se eu intitulasse cada um dos amores que passaram, poderia classificá-los de A à Z na categoria de leitores, tive Junguiano ... Kafkiano... Borgiano..... Shakesperiano e por aí vai. Ouso até dizer: "Eu sou o que os homens que eu amei fizeram de mim" e muitas vezes por eles, eu quis pagar a conta do analista, pra nunca mais ter que saber quem eu sou..

Depois de um papo essa manhã, uma amiga que está do outro lado do atlântico perguntou-me: É um romance? Eu acredito que seja, é imprescindível dormir sem ter alguém pra levar nos pensamentos. Ela elaborou minha frase piegas, e nomeou como: “O tempero da vida”.
É isso, temperar a festa parisiense a dois, ao som de Ray Charles...

Ando sacal, mas a verdade é que Paris é uma festa, só pelo fato de existir, qualquer mulher que tenha sua sensibilidade, seu romantismo aguçado e recalcado sonha em ser levada às alturas sendo rodada frente à Torre Eiffel numa tarde linda do inverno Europeu.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Peso do julgamento.


Depois de uma noite leve, a garota desperta. Olha para seus livros empoeirados na estante o primeiro “a casa sem dono”.
Começa a tirá-los do lugar cada um na sua vez, assim como; quando colocará dois anos atrás.

Começa a fazer o retrospecto, acompanhando o filme da vida, sorri para alguns e relembra. A música que a acompanha “Troubled Waters”.

Começa atingir um período, esse hoje tão longe. Limpa a poeira com as próprias mãos, todos agora, esperando um novo lugar, talvez mais merecido que o vivido por dois anos.

Lembra-se da passagem em uma leitura Kafkiana (O Processo) que fizera; “Nunca me encontrei sobre o peso de outra responsabilidade que não fosse a que fazia pesar sobre minha alma, a existência o olhar e o julgamento de outros homens”.

Revive os momentos em que se colocou numa posição desconhecida, como um autor sem sucesso, se sentiu um livreto em meio aos clássicos.

Foi muitas vezes colocada na estante, sem ser lida, disfarçada para o alheio não perceber, se empoeirou em busca de voltar aquele tempo feliz, hoje tão distante.