segunda-feira, agosto 08, 2005

Peso do julgamento.


Depois de uma noite leve, a garota desperta. Olha para seus livros empoeirados na estante o primeiro “a casa sem dono”.
Começa a tirá-los do lugar cada um na sua vez, assim como; quando colocará dois anos atrás.

Começa a fazer o retrospecto, acompanhando o filme da vida, sorri para alguns e relembra. A música que a acompanha “Troubled Waters”.

Começa atingir um período, esse hoje tão longe. Limpa a poeira com as próprias mãos, todos agora, esperando um novo lugar, talvez mais merecido que o vivido por dois anos.

Lembra-se da passagem em uma leitura Kafkiana (O Processo) que fizera; “Nunca me encontrei sobre o peso de outra responsabilidade que não fosse a que fazia pesar sobre minha alma, a existência o olhar e o julgamento de outros homens”.

Revive os momentos em que se colocou numa posição desconhecida, como um autor sem sucesso, se sentiu um livreto em meio aos clássicos.

Foi muitas vezes colocada na estante, sem ser lida, disfarçada para o alheio não perceber, se empoeirou em busca de voltar aquele tempo feliz, hoje tão distante.

3 comentários:

Etil disse...
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Etil disse...

Também sinto várias vezes uma sensação parecida: de olhar para um livro ou ver um filme ou escutar um disco e isso remeter a determinada época da vida... a nostalgia é uma armadilha inevitável! Mas a gente pode também reler algumas coisas da mesma forma que reformula nossas ações, né não? Enfim, adorei o texto. Beijos!

Anônimo disse...

Oi Lu, poxa é verdade,ler esse comentário foi mt bom e ainda vindo de vc. Sei lá, acordei meio empoeirada e tb nostálgica no domingo...talvez eu precise reformular, minhas açòes.