terça-feira, dezembro 13, 2005

A dor que fica nessa parada.



Nos três últimos escritos, uso e abuso da dor, não sei se é amar o que corrói, sei que deu no que falar, um chama de S&M, outro acha que é falta devassadora, não é completude é uma dorzinha boa... depois dessa reação coletiva, volto a escrever, amor que dói nasceu comigo, mesmo na contramão, muitas vezes tenho saudades de mim, quando lembro de alguns. Os mais dolorosos (aqueles que por isso foram bons) mistura a dor e a alegria em recordar... tenho a estranha mania de ter fé na vida, aquela fé que Maria, Maria é um dom, tem.

Sei que o último amor me fez rir quando eu deveria de fato ter chorado.
É tão bom relembrar a voz essa que vai sumindo com o tempo, mas o cheiro está aqui, como o abraço quente e demorado que ele tem, às vezes procuro a foto pra não esquecer do rosto e do olhar, é isso também dói, mais uma vez: só é bom se doer...

Amor é degustação às cegas... dizem que parente a gente não escolhe... amor tampouco... esse chega sem dar aviso e vai também.

Bom papo foi o que tive no final da tarde de ontem, ouvi: é melhor chegar ao fim da vida com uns pedaços comidos por traça do que intacto.