quinta-feira, dezembro 22, 2005

Don't Worry, Be Happy!!!


Cheguei ao estágio final, o ano secou no mesmo tempo que eu, faltam mais nove dias, para dizer tchau as coisas e sim as pessoas
Comecei pela cabeça, onde está a maioria e a causa delas...
Com os olhos fechados, forçando aos poucos, desligando e acreditando na promessa sussurrada do inconsciente: diga sim a nova vida...
Levo o pedaço bom, desse ano esgotado, para o que está chegando; peguei com a mão direita (dá mais segurança) coloquei dentro do bolso, para senti-lo entre meus dedos quando a saudade bater.

E a canção para recepcionar 2006: Don't Worry, Be Happy!!!

terça-feira, dezembro 13, 2005

A dor que fica nessa parada.



Nos três últimos escritos, uso e abuso da dor, não sei se é amar o que corrói, sei que deu no que falar, um chama de S&M, outro acha que é falta devassadora, não é completude é uma dorzinha boa... depois dessa reação coletiva, volto a escrever, amor que dói nasceu comigo, mesmo na contramão, muitas vezes tenho saudades de mim, quando lembro de alguns. Os mais dolorosos (aqueles que por isso foram bons) mistura a dor e a alegria em recordar... tenho a estranha mania de ter fé na vida, aquela fé que Maria, Maria é um dom, tem.

Sei que o último amor me fez rir quando eu deveria de fato ter chorado.
É tão bom relembrar a voz essa que vai sumindo com o tempo, mas o cheiro está aqui, como o abraço quente e demorado que ele tem, às vezes procuro a foto pra não esquecer do rosto e do olhar, é isso também dói, mais uma vez: só é bom se doer...

Amor é degustação às cegas... dizem que parente a gente não escolhe... amor tampouco... esse chega sem dar aviso e vai também.

Bom papo foi o que tive no final da tarde de ontem, ouvi: é melhor chegar ao fim da vida com uns pedaços comidos por traça do que intacto.

terça-feira, novembro 08, 2005

ADIAR, não deixar...



Dói e como dói, ter que adiar a vida mais uma vez, chutá-la pra frente, deixando-a me levar, assim como quem não controla a proa do barco e se perde no mar.

Não querendo me conhecer mais, por que aí sim, saber quem eu sou me fará entender o resultado. O tempo todo me policiando, não xingue aquele, não mande esse, não discuta com ela, agradeça o outro e sorria; é mais fácil assim, explodir pra que ? Ninguém é cem por cento, por que eu tenho que ser? Espera mais um pouco...

Vivo em tantos lugares, essa ânsia de botar tudo em prática, conhecer sítios diferentes, sentir cheiro atravessar o atlântico e por fim ser feliz.

Veja, escrevi: VIVO e vivo mesmo, pois cheguei a conclusão, que morar é diferente de viver, por isso aceitei adiar, leia bem: ADIAR, não deixar...por enquanto moro aqui, mas vivo lá.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Vá ao Exquisito e saia Exquisita(o).


A intenção era papear, até sentar e tomar a primeira caipirinha (não sei porque comecei por ela)... aí veio o chopsss..... Prost...Prost... Prost... Prost... Prost... Prost... Prost... Prost...yaaaa...e aquela rodadinha de pescoço e vira a caneca!

Comecei a ficar dependente do ombro ao meu lado, ainda bem que essa é irmã, e sabia que seguraria a bronca, embora “quase” inconsciente me sentia como se estivesse na minha cama.(nessa altura até o barman é seguro, só você que não se dá conta).

Lembro da ultima caipirinha pedida, só não recordo de ter tomado ou até mesmo se veio. Depois disso o mundo apagou, existe uma madrugada dos meus 23 anos que ficou pela metade; essa...
Acordei no banco de trás do meu carro me perguntando: como você conseguiu chegar até aqui? A resposta foi de imediato, a garagem não era a minha. Logo, veio outra pergunta: por qual motivo não me lavaram pra cama.(no bom sentido é claro..não que o outro seja mal...enfim...)

Painel marcava: 7:43h Matinal, reunião às 09:30h (também matinal e no feriado).. voltei a dormir, com aquela voz de preocupação; acordei no susto....Também, não me recordo quem abriu o portão, sei que berrei com a Jade (Rottweiler)... consciente não faria isso.

Estou agora ouvindo os comentários de como mudo quando bebo... Só pra ressaltar a minha falta de afinidade com o álcool, eu não sei beber

E pra finalizar, respondo a sua pergunta: meu engove foi a logística.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Vendo príncipes, não sapinhos



-Por favor, me veja um chocolate quente e dois pães de queijo.
Um Senhor ao meu lado...pede um café sem açúcar , fixa os olhos nos sapos de pelúcia que estão a venda, sobre o balcão.
Pergunta a moça: qual o preço?
- R$ 40,00 Sr.
- Muito caro!!! um sapo R$ 40,00???
- Sim, esse é o valor Sr.
- Mas – disse eu. - Esse sapo vira príncipe...
Gargalhadas...
- Quero um...
O que um pai não faz, para casar uma filha...

terça-feira, setembro 13, 2005

Espirros e Touradas.


Hemingway, très foi seu amor pelas touradas.

Vejo essa fiesta, com olhos femininos, acompanhada da piedade infantil que ainda não me foi levada.

Enriqueci esse amor pela vida, pelos detalhes que há nela. Aprendi que Deus está nos detalhes.

Depois de um tempo, dizendo a mim mesma: sua vida tem passado tão depressa, e você não tem vivido o que realmente deseja...Quanta tolice a minha, tão jovem e o pouco que sei, não me faz enxergar além disso.

Hemingway me responderia com um tapa: Ninguém vive com a intensidade que deseja, exceto os toureiros.

Nunca havia prestado atenção no quão prazeroso é espirrar jogando pão para os patos num dia gelado e depois caminhar contra o vento frio cortando o rosto estremecendo o corpo todo

Talvez exista intensidade nisso também...

segunda-feira, agosto 29, 2005

Under My Thumb


Li em algum lugar: quem dança Jazz, dança qualquer coisa...

Seja lá o que esteja rolando no som, vou pra debaixo do chuveiro canto, canto, canto, canto e depois vou de tapetinho até o quarto, como se o resto da casa fosse o publico, me sinto no palco.

E quando sei a letra toda, vem àquela coisa do tipo: nasci pra bilhar meu bem...

Dançar frente ao espelho é narcisismo? Então tenho tido alma de narciso, isso tem feito tão bem pro meu ego. Faço bico, balanço o ombro e mando vê com cinturinha de pilão que tenho.

Depois de horas fazendo caras e bocas e esbaldando em cremes corporais, Lá se foram discos do Bowie, Stones, The Cure, Police, passando por Led, Purple, Angela Ro Ro (é ela mesma) e Nina Simone...

Ando me sentindo uma espécie de Mick Jagger; ta certo que a boca depois desse exercício todo, não conseguiu atingir tal exotismo.

quinta-feira, agosto 25, 2005

O Bailarino.


- Gostei do beijo.
- Eu também.
- Nem ficou vermelha quando pediu.
- Tem que ficar?
- Não...(risos)
- Minha barba incomoda?
- Eu adoro
- Uma mulher que nunca beijou um homem de barba, nunca beijou um homem...
- Gostei disso também...
- Deita aqui no meu colo.
...
- Gosto da musica. Let It Be?
- Sim!
- Obrigado por colocar Beatles.
- Se você não fosse você, quem gostaria de ser?
- Deus
- Forte...
- E você?
- Rita Lee ou Rita Cadilac?
- hahahahah... Lee
- Lee ou Levi's
- Olha…
- É caiu bem pra você...
- Preciso mijar, acho que bebi muito.
- Bom, tem uma árvore ali.
- Tá...
...
- Enquanto estava na árvore pensei...
- O que?
- Quando ela foi plantada, o bairro é bastante antigo.
- Sim, e Judeu.
- Não gosta?
- Sim, Jesus é Judeu.
- Acredita em Deus?
- Se Deus não existisse seria preciso inventá-lo...
- Sócrates?
- Não, Voltaire.
- Não sei o que há em você, que fecha e abre...
- Meus olhos...
- Você é o bailarino da minha vida.
- Você é muito nova pra dizer isso.
- Silêncio...
- Ficou bravo?
- Não...
- Acredita, que sendo jovens demais, não somos capazes de saber quem é a pessoa?
- Acredito que sendo jovens demais, temos muito pra amar ainda.
- Não gostou de saber...
- Porra, não é isso!
- Nunca ouvi um palavrão vindo de você.
- Nossa, você me fez lembrar a música do Chico...
- Qual?
- "Ciranda da Bailarina" todo mundo tem pereba, xinga...etc... só a bailarina que não... Sinto-me lisonjeado.
- Eu gosto da brutalidade nas suas palavras...

07/12/2003 03:27 - São Paulo

segunda-feira, agosto 22, 2005

...



Algumas escolhas me levaram a lugares, como também me tirou deles; perdas e danos. Quem disser que há coerência na vida, se perdeu nela. Meu coração soluçando; é um abismo entre o que eu quero e o que eu suportaria ter.

A pergunta essa manhã: quanto tempo durou?

- Não sei, talvez suficiente pra sentir a perda. Lisianthus nunca mais foram os mesmos.

Perco as palavras para reticências.

terça-feira, agosto 16, 2005

Like a Rolling Stone.


A sensação que tive essa manhã ao entrar por aquele portão; foi de ter esvaziado.

Vi a vida se desfiar, abriu em mim um buraco de forma bruta. O mundo cresceu, o carro tem ar, direção, injeção eletrônica e um tal de Airbag, lembra-se do Jipe? É, ele não é mais nosso, e muito menos nos espera com as milhas acesas, a pagar o “flanelinha” que cuidou dele e irmos juntos pra festa de sexta feira escutando Like a Rolling Stone.

Senti e sinto meu corpo esticar desenfreado, rasgando a camiseta, estourando o tênis, chutar pedras de salto é tão desconfortável quanto andar de ônibus com ele. Se sentir de pernas atadas sem poder correr pra pegá-lo e com isso rezar para o semáforo fechar e ser vista pelo retrovisor.

Tomar banho e ver um terno me esperando pra uma reunião, foi como ir para o 1º dia do jardim de infância e ver minha mãe me dar tchau pela primeira vez, como se ela nunca mais fosse voltar.

Esse “crescimento” pessoal, desfalece algo, é como desacreditar que o Arco-íris tem sete cores e que ele ainda existe.

quarta-feira, agosto 10, 2005

O Tempero da Vida.


Essa festa, mostra cenas que vivencio diariamente, num boteco no final de tarde, aquele papo jogado pro ar entre fumaças e copos de cerveja, até mesmo um chocolate comprado às 02:00h da madrugada em um supermercado 24h será relatado em outros resumos. Acabei Tornando públicas, algumas pessoas existentes na minha vida, sejam elas coadjuvantes, protagonistas e apoios de elenco. A intenção seria apenas uma homenagem ao nosso querido Hemingway...Mas devo confessar que o estimulo maior veio depois de muitas conversas que tive em torno desse título, que se refere a um livro dele. Tentei parafraseá-lo inúmeras vezes tomando como ponto inicial meu amor pelo mundo e claro, pela Europa, citando outras cidades que não fosse a charmosa e homenageada da vez.

Citarei também minha ultima “aventura amorosa” que sem dúvida deixou em mim “marcas hemingwayanas”. Se eu intitulasse cada um dos amores que passaram, poderia classificá-los de A à Z na categoria de leitores, tive Junguiano ... Kafkiano... Borgiano..... Shakesperiano e por aí vai. Ouso até dizer: "Eu sou o que os homens que eu amei fizeram de mim" e muitas vezes por eles, eu quis pagar a conta do analista, pra nunca mais ter que saber quem eu sou..

Depois de um papo essa manhã, uma amiga que está do outro lado do atlântico perguntou-me: É um romance? Eu acredito que seja, é imprescindível dormir sem ter alguém pra levar nos pensamentos. Ela elaborou minha frase piegas, e nomeou como: “O tempero da vida”.
É isso, temperar a festa parisiense a dois, ao som de Ray Charles...

Ando sacal, mas a verdade é que Paris é uma festa, só pelo fato de existir, qualquer mulher que tenha sua sensibilidade, seu romantismo aguçado e recalcado sonha em ser levada às alturas sendo rodada frente à Torre Eiffel numa tarde linda do inverno Europeu.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Peso do julgamento.


Depois de uma noite leve, a garota desperta. Olha para seus livros empoeirados na estante o primeiro “a casa sem dono”.
Começa a tirá-los do lugar cada um na sua vez, assim como; quando colocará dois anos atrás.

Começa a fazer o retrospecto, acompanhando o filme da vida, sorri para alguns e relembra. A música que a acompanha “Troubled Waters”.

Começa atingir um período, esse hoje tão longe. Limpa a poeira com as próprias mãos, todos agora, esperando um novo lugar, talvez mais merecido que o vivido por dois anos.

Lembra-se da passagem em uma leitura Kafkiana (O Processo) que fizera; “Nunca me encontrei sobre o peso de outra responsabilidade que não fosse a que fazia pesar sobre minha alma, a existência o olhar e o julgamento de outros homens”.

Revive os momentos em que se colocou numa posição desconhecida, como um autor sem sucesso, se sentiu um livreto em meio aos clássicos.

Foi muitas vezes colocada na estante, sem ser lida, disfarçada para o alheio não perceber, se empoeirou em busca de voltar aquele tempo feliz, hoje tão distante.

sexta-feira, agosto 05, 2005

For me!!!


Recebi esse presente, de um grande amigo, esse viaja muito por NY, Los Angeles e Vive no Texas em uma luxuosa residência com sua mãe. Primeiro, leiam a carta que veio junto ao presente:

Bi!

estive em Los Angeles neste último finde semana, e o homem de sua vida me encontrou, enquanto eu fazia compras em Beverly Hills. Em meio a sacolas da Prada, Chanel e Tiffany, tivemos um breve diálogo:

hey, Fedôura, como vai? (sotaque de português americanizado)
bem, e você (com muita elegância)
oh, eu precisa ir para estúdios gravar um filme de açon, entaum poude mandar isto para minha amada?
claro! Será um prazer! Fique tranqüilo, será entregue
obrigado!

E foi-se, apressado.

Fuça, você me fez ter um orgasmo superlativo! Eu tô pocando de tesão!

segunda-feira, agosto 01, 2005

Entre o Bolero e a Roda Viva.




Mesmo dormindo com Ravel ...Foi o Chico quem me acordou na sexta e me acompanhou no final de semana inteiro.

É impossível, não se sentir arrastada e sucumbida ao ser despertada dessa forma...
Fui e voltei várias vezes, caminhei, li e procurei outras coisas pra ouvir, continuei cantarolando.. “têm dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, parece que estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu”

Não sei se perdi, não sei se a gente perde o que nunca se teve e não sei também se há respostas exatas quando nossos sentimentos estão divididos.

Tenho a sensação de que fui atropelada por um caminhão, e fiquei grudada no asfalto sem perspectiva alguma de recomposição por ora.

Sempre comentei nessa minha “Festa Parisiense” sobre amores, mas é verdade que nunca ousei dedicar um escrito a tal pessoa. Talvez por ser complicada a transcendência em falar deles sem dor.

Vou tentando com Bolero tirar a Roda Viva e os vestígios dos meus amores que ela me despertou pra essa semana.

sexta-feira, julho 29, 2005

A ousadia e o padecer interminável.


Alguns saltos que tenho dado, algumas ousadas e por outro lado o desprendimento.
Outro dia terminando de ler o meu “Hemingway na Espanha” num desviar de foco me vi com muita vontade de mudar a leitura do final de tarde.
Chamei minha irmã, e disse: Vou mudar um pouco. Ela pra minha surpresa, disse: Você precisa, para de ser desencanada, (Ela foi mais dócil que uma amiga, que me chamou de crua) eu não entendi, desencanada, e perguntei: Como assim? Ela foi até o quarto dela e me trouxe várias revistas, Nova, Cláudia, Marie Clair e até Daslu veio.
Jogou tudo sobre minha cama, e falou, vamos achar o corte... Eu: Corte? ? ? Então ela entendeu que eu iria mudar o visual, aproveitei o gancho e fomos folheando, ela muito mais empolgada, me mostrou inúmeras ousadias capilares e nessa altura eu estava viajando nas matérias.
Até que eu cheguei na “Cláudia”, engraçado, nunca tinha me dado ao luxo de ler algo tão desnecessário (ao menos pra mim)... Começo por matérias, todas com títulos fantásticos, tipo: “Descobri que sou lésbica depois de três casamentos” “Como ir pra cama na primeira noite”. Depois de ousar com nesse tipo de leitura eu já estava meio de saco cheio, mas deu pra dar umas boas risadas. É inacreditável, mas eu nunca comprei uma revista desse gênero e muito menos havia lido.

Minha irmã, não achou algo que fosse me convencer a “mudar o visual”. Disse pra mim, amanhã vá à banca, ache o que quer e depois vou ao salão com você.

Caminhando na Faria Lima, por volta das 20:00h vejo a banca mega moderna e ouso entrar.
Atendente: Boa noite:
Eu: Boa, muito boa, é, você tem alguma revista sobre corte de cabelo feminino? (engraçado, deve estar escrito na minha testa: eu nunca comprei revista sobre cabelo)
Atendente: Sim, e aponta.

Comecei a ver, até que achei! Disse: é essa que levo (valor absurdo para um pedaço da folha do que eu “precisava”. Preço de um livreto de bolso).

Fui ao salão, mais uma grana absurda, fiz o corte da revista não sei muito bem se ficou igual, mas eu cheguei a conclusão de que: Para quem só vê a vida em estética e como são jogadas aquelas matérias pra quem as lê, ela pode ser um padecer interminável.

segunda-feira, julho 25, 2005

Me dê suas mãos





Li um texto enviado por um amigo, o autor fala do período frágil da vida, e como esse momento é genial e importante.
Onde construímos muros, castelos, acreditamos nas impossibilidades, com toda força do mundo, e ninguém nos arranca isso. A fé nos sonhos é fortificada nessa idade.
E é nessa fase que estabelecemos nossa conduta , caráter, pois acreditamos nos vocabulários simples, nas cores primárias, pedimos desculpas sem medo.
É bom ler algo assim, pode ser clichê, mas a vida é clichê. Fez-me refletir, voltei alguns anos, pela pouca idade que tenho não demorei muito pra chegar nas minhas férias de infância, nas minhas viagens à Caxambú, meus pais, e quantas vezes a mão da minha mãe me assegurou de que nada me atingiria.

Lembrei de uma cena única, onde meu irmão avistou um pato, no sítio da minha tia, ela criava todos os tipos de aves possíveis e imagináveis.
Ele: Eu quero aquele pato tia
Ela: Sim, com uma única condição.
Ele: Qual?
Ela: Corra atrás dele, se conseguir pegá-lo é seu.
Volto nas gargalhadas dos meus oito anos, vendo meu irmão correndo feito um louco, típico garoto de uma cidade cosmopolita, ele conseguiu agarrar o pato com muito sacrifício, pra nossa surpresa.
Ele: yahhhhhhhhhhhhh
Ela: Parabéns, agora dê um nome a ele e toda vez que vier me visitar ele poderá dormir com você!

Anos incríveis, onde acontecimentos como esse, refletem no que sou hoje, uma paulistana quase mineira. Quando saio para o mundo, dou as mãos e ando junto, e acredito que alcançarei um pato como aquele do meu irmão.

terça-feira, julho 19, 2005

Abri a Janela para o Mundo.



Foi uma barreira a ser trabalhada e logo depois, quebrada. É estranho tornar a vida de certa forma pública, em um clique se lê e visualiza sobre o outro. Descobrem coisas, pensamentos privados alcançados na janela a caminho do trabalho.

Momentos retalhados na mente, ilusões expostas, amores que tive e que muitas vezes não foram meus, declarações inesperadas no pátio do colégio, paixões desmanchadas através de cartas, casos merecidos e na maioria das vezes nem tão merecidos assim.

A vida é mais ou menos parecida com o que queríamos que ela fosse. Não é essa vida que eu tenho medo de perder e sim, meus sonhos.

segunda-feira, julho 18, 2005

Pra quem não sabe amar.




Oi...
Oi! Tudo Bem?
Tudo Sim... Tenho uma coisa pra falar.
...
Diga!
Me Apaixonei...
Que Bom!!!
Acha mesmo?
Sim! É divino, faz com que você se sinta vivo!
Você está apaixonada?
Eu sempre estou.
Quem é?
O que?
A pessoa!
Ah...você não o conhece...é uma pessoa peculiar, irá gostar.
Não!
Não, o que?
Silêncio...
Ela já sabe?
Não sei, acho que não...
Conta!
Devo?
Claro...não por ela, por você, é bom e alivia. Olhe nos olhos dela...
Alivia mesmo, que a resposta não seja a desejada?
Depende...
O que?
É uma troca?
...
Você contou?
contou?
Que está apaixonada...
Sim!
E ele?
Também está por mim!
Estão juntos?
Sim, mas isso, ele ainda não sabe.

quinta-feira, julho 07, 2005

Esquinas

Tenho visto a vida lá fora, aqui do alto, pelo vão do galpão. Pra ser sincera saudade da Ipiranga com a São João Caminhando no máximo, entre a Ermano com a Marina Ali embaixo na esquina.