sexta-feira, julho 29, 2005

A ousadia e o padecer interminável.


Alguns saltos que tenho dado, algumas ousadas e por outro lado o desprendimento.
Outro dia terminando de ler o meu “Hemingway na Espanha” num desviar de foco me vi com muita vontade de mudar a leitura do final de tarde.
Chamei minha irmã, e disse: Vou mudar um pouco. Ela pra minha surpresa, disse: Você precisa, para de ser desencanada, (Ela foi mais dócil que uma amiga, que me chamou de crua) eu não entendi, desencanada, e perguntei: Como assim? Ela foi até o quarto dela e me trouxe várias revistas, Nova, Cláudia, Marie Clair e até Daslu veio.
Jogou tudo sobre minha cama, e falou, vamos achar o corte... Eu: Corte? ? ? Então ela entendeu que eu iria mudar o visual, aproveitei o gancho e fomos folheando, ela muito mais empolgada, me mostrou inúmeras ousadias capilares e nessa altura eu estava viajando nas matérias.
Até que eu cheguei na “Cláudia”, engraçado, nunca tinha me dado ao luxo de ler algo tão desnecessário (ao menos pra mim)... Começo por matérias, todas com títulos fantásticos, tipo: “Descobri que sou lésbica depois de três casamentos” “Como ir pra cama na primeira noite”. Depois de ousar com nesse tipo de leitura eu já estava meio de saco cheio, mas deu pra dar umas boas risadas. É inacreditável, mas eu nunca comprei uma revista desse gênero e muito menos havia lido.

Minha irmã, não achou algo que fosse me convencer a “mudar o visual”. Disse pra mim, amanhã vá à banca, ache o que quer e depois vou ao salão com você.

Caminhando na Faria Lima, por volta das 20:00h vejo a banca mega moderna e ouso entrar.
Atendente: Boa noite:
Eu: Boa, muito boa, é, você tem alguma revista sobre corte de cabelo feminino? (engraçado, deve estar escrito na minha testa: eu nunca comprei revista sobre cabelo)
Atendente: Sim, e aponta.

Comecei a ver, até que achei! Disse: é essa que levo (valor absurdo para um pedaço da folha do que eu “precisava”. Preço de um livreto de bolso).

Fui ao salão, mais uma grana absurda, fiz o corte da revista não sei muito bem se ficou igual, mas eu cheguei a conclusão de que: Para quem só vê a vida em estética e como são jogadas aquelas matérias pra quem as lê, ela pode ser um padecer interminável.

3 comentários:

Anônimo disse...

é fundamental mudar
aproveite as mudanças que estão acontecendo aos poucos em sua vida e prepare uma revolução pertinente
ARRAZA
(ass. focinho)

Etil disse...

... mas lembre-se que entramos em Leão: tosar a juba é padecer no fogo das vaidades. Ou não.

Anônimo disse...

adeus mamelucooooo! hahahahaha